"Terroristas cobardes". Rússia ataca barco que retirava civis em Kherson
O chefe do gabinete da presidência ucraniana deu conta de, pelo menos, seis feridos. Entretanto, o governador da região de Kherson reportou que pelo menos três pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas.
© Valentyna Gurova/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O chefe do gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, denunciou, este domingo, que as forças russas atacaram um barco que retirava civis da região de Kherson, deixando pelo menos seis pessoas feridas. Por seu turno, o governador de Kherson, Olexandr Prokudin, avançou que pelo menos três pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas.
"O exército russo atacou um barco com civis que saía da margem esquerda na região de Kherson", disse Yermak, através da rede social Telegram.
Segundo o responsável, os feridos foram transportados para uma unidade hospitalar em Kherson, onde "os médicos estão a lutar" para salvar a "sua vida".
"Os russos são terroristas cobardes", atirou.
Por seu lado, Prokudin, que deu conta de três mortos e 10 feridos, detalhou que dois dos feridos se tratavam de agentes da polícia.
Também este domingo, as autoridades ucranianas divulgaram um balanço revisto em alta das perdas humanas provocadas pelas inundações após a destruição da barragem de Nova Kakhovka, com seis mortes e 35 pessoas dadas como desaparecidas nas zonas que controla.
Já nos territórios ocupados pelos russos, os responsáveis instalados por Moscovo deram conta, durante a semana, de oito mortos e 13 desaparecidos.
Segundo o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, 77 localidades ficaram inundadas, entre as quais 14 nos territórios sob ocupação russa.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14.7 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.983 civis desde o início da guerra e 15.442 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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