"Uma crise de financiamento sem precedentes na Síria está a forçar o Programa Alimentar Mundial (PAM) a reduzir a sua assistência alimentar básica em 2,5 milhões de pessoas, em comparação com os 5,5 milhões que ajudou até agora", afirmou o PAM em comunicado.
"Uma crise de financiamento sem precedentes na Síria está a forçar o Programa Alimentar Mundial (PAM) a reduzir a sua assistência alimentar básica em 2,5 milhões de pessoas, em comparação com os 5,5 milhões que ajudou até agora", afirmou o PAM em comunicado.
"Depois de ter examinado todas as opções" e em vez esgotar as reservas até outubro, o PAM diz ter optado por ajudar "os três milhões de sírios incapazes de passar de uma semana sem ajuda alimentar".
"Em vez de aumentar [as operações] ou simplesmente acompanhar o ritmo crescente das necessidades, somos confrontados com o cenário sombrio de privar parte da população de assistência, numa altura em que é mais precisa", lamentou o representante do PAM na Síria, Kenn Crossle, citado no comunicado de imprensa.
O anúncio da agência da ONU surge na véspera da conferência da União Europeia em Bruxelas sobre o futuro da Síria e da região.
A população Síria vive as consequências de 12 anos de guerra que causaram a morte de meio milhão de pessoas, milhões de deslocados e a fragmentação do país.
A situação foi agravada pela pandemia de covid-19, que conduziu a uma grave crise económica e à subida exponencial dos preços, e pelo terramoto de 6 de fevereiro passado.
"Atualmente, um rendimento mensal médio cobre apenas cerca de um quarto das necessidades alimentares de uma família", observa o PAM.
"É impossível reduzir ainda mais cada uma das rações. A nossa única solução consiste em reduzir o número de beneficiários", sublinhou Kenn Crossle.
Mesmo antes do terramoto, "12,1 milhões de pessoas no país sofriam de fome", segundo o PAM.
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