"Falei esta noite com o conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Qin Gang, por telefone", afirmou Blinken, na rede social Twitter.
"Discutimos esforços contínuos para manter canais abertos de comunicação e abordamos questões bilaterais e globais", acrescentou o secretário de Estado norte-americano.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que Qin instou os Estados Unidos a respeitarem as "preocupações centrais da China", incluindo na questão de Taiwan.
O ministro chinês pediu a Washington que "pare de interferir nos assuntos internos da China e de prejudicar os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China, em nome da competição", indicou a mesma nota.
Qin observou que as relações China-Estados Unidos "deparam-se com novas dificuldades e desafios" desde o início do ano, sendo "responsabilidade das duas partes trabalhar em conjunto para gerir adequadamente as diferenças, promover intercâmbios e a cooperação e estabilizar as relações".
Blinken deve realizar esta semana uma visita à China, depois de várias semanas em que os dois países fizeram aberturas diplomáticas de parte a parte, na tentativa de aliviar as tensões.
Em fevereiro, Blinken cancelou uma viagem a Pequim, depois de as autoridades norte-americanas terem abatido um balão chinês, usado alegadamente para espionagem, no território dos EUA.
Desde então, a China rejeitou as tentativas de Washington para restabelecer contactos oficiais, mas algumas aberturas foram feitas.
Na semana passada, o secretário de Estado adjunto dos EUA para os Assuntos do Leste Asiático e do Pacífico, Daniel Kritenbrink, tornou-se o responsável norte-americano de mais alto escalão a visitar a China desde o caso do balão.
Em maio, a secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, encontrou-se com o homólogo chinês, Wang Wentao, em Washington, para discutir questões comerciais.
As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.
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