Guaxinim morto deixado à porta de autarca. "Não é justo", diz criança

O incidente, que não deixou a criança de 10 anos indiferente, está a ser investigado pelas autoridades.

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© Twitter / Mike Sington

Notícias ao Minuto
19/06/2023 08:42 ‧ 19/06/2023 por Notícias ao Minuto

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EUA

Depois de, a 5 de junho, o autarca Ed Fitch, de Redmond, no estado norte-americano de Oregon, ter encontrado um guaxinim morto em frente ao seu gabinete, com uma nota endereçada ao próprio e ao primeiro e único vereador negro daquela cidade, Clifford Evelyn, os pais de Gavin Alston decidiram marcar presença na reunião marcada para o dia seguinte. Ao ouvi-los, o menino de 10 anos quis, também, mostrar o seu apoio, assim como partilhar a sua experiência em primeira mão.

“Porque que é que nós, pessoas negras, temos de sofrer racismo, quando há outras raças a cometer homicídios e assaltos, enquanto nós, pessoas negras, somos respeitosos e bondosos, mas continuamos a ser tratados como lixo?”, começou por perguntar o menino, na reunião do dia 6 de junho.

Sentado em frente a um microfone e munido com uma folha de papel onde, na noite anterior, escrevinhou o que queria dizer, a criança acusou que “há rumores de que as pessoas negras são isto e aquilo, quando há homicídios a acontecer, cometidos por pessoas de outras raças”.

“Somos sempre nós, pessoas negras. Não devíamos de ser tratados desta forma”, continuou, antes de dar a conhecer a sua experiência numa nova escola, onde tem sido alvo de atos racistas.

“Quando estava no terceiro ano, sentia que pertencia. Agora estou no quarto ano e as pessoas têm-me chamado a ‘n-word’, ou macaco, e até rapaz negro. Uma rapariga disse-me que me bateria, mas seria maus-tratos a animais”, confessou, antes de reiterar que “não deveríamos de ser tratados assim”.

“Deveríamos de ser tratados de forma igual. Não é justo para nós, pessoas negras”, rematou, sendo presentado com aplausos.

Contudo, ao regressar para junto dos pais, Gavin não conteve a emoção.

“Estava triste porque sei o que é ser alvo de racismo. Quero que as pessoas mudem e não julguem alguém apenas pela sua cor da pele. Têm de os conhecer pela sua personalidade, a sua bondade e respeito”, disse, em declarações ao The Washington Post.

O incidente, classificado por Evelyn como um ato “cobarde” e “saído de 1950 e dos anos 60”, está a ser investigado pelas autoridades. Até ao momento, nenhum suspeito foi identificado.

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