A delegação da comissão das Liberdades Cívicas, Assuntos Internos e Justiça é composta por dez eurodeputados, incluindo Alessandra Mussolini, do partido italiano de extrema-direita Forza Itália, e centrará a sua visita nas atividades de desembarque e condições de acolhimento dos migrantes que chegam a esta ilha italiana.
Lampedusa, com pouco mais de seis quilómetros de comprimento e com menos de seis mil habitantes, que está próxima do continente africano, a apenas 113 quilómetros da costa da Tunísia.
Segundo os dados mais recentes da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), entre janeiro e maio, a rota do Mediterrâneo Central - utilizada para chegar à UE (Malta e regiões italianas de Lampedusa, Calábria e Sicília) desde o Norte de África - continua a ser a mais ativa, com mais de 50.300 deteções reportadas nos primeiros cinco meses do ano, o maior número desde 2017 e uma subida de 160 por cento face ao mesmo período de 2022.
Em outubro de 2013, Lampedusa foi palco de um naufrágio onde se estima terem morrido mais de 300 migrantes, e foi depois visitada pelo Papa Francisco e pelo então presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso.
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