"Nós e outros países recebemos garantias da China de que não fornece e não fornecerá assistência letal à Rússia para ser utilizada na Ucrânia", disse Blinken aos jornalistas no final de dois dias de conversações na capital chinesa.
Blinken disse que os Estados Unidos não têm qualquer prova que contradiga o compromisso da China em não fornecer armas à Rússia.
"O que continua a preocupar-nos, no entanto, é a possibilidade de as empresas chinesas estarem a fornecer tecnologia à Rússia, que esta poderia utilizar para prosseguir a sua agressão na Ucrânia" afirmou.
"Pedimos ao Governo chinês para estar muito atento a esta questão", disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.
Blinken disse ainda que as promessas de Pequim foram cumpridas "nas últimas semanas" e não apenas durante a sua visita.
Nos últimos meses, Washington manifestou publicamente a preocupação com a possibilidade de a China fornecer armas à Rússia para a ajudar na guerra na Ucrânia.
Afirmando-se neutra no conflito, a China tem defendido o respeito pela soberania dos Estados, incluindo a Ucrânia, mas nunca condenou publicamente a invasão ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro de 2022.
A visita de Blinken à China foi a primeira de um secretário de Estado norte-americano desde a deslocação de Mike Pompeo em outubro de 2018.
Blinken tornou-se também no mais alto funcionário dos Estados Unidos a visitar a China desde que o Presidente Joe Biden iniciou o mandato em 2021.
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