Adesão à UE? Ucrânia cumpre 2 das 7 condições para iniciar conversações

Fontes do bloco europeu revelam que um documento com divulgação agendada para breve destaca os progressos que têm sido feitos pelo país invadido pela Rússia nesse sentido.

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Notícias ao Minuto
19/06/2023 18:08 ‧ 19/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Um relatório da União Europeia, que será divulgado esta semana, apontará que a Ucrânia cumpriu duas das sete condições para iniciar as negociações de adesão ao bloco europeu, segundo a informação avançada por duas fontes familiarizadas com o assunto, aqui citadas pela Reuters.

No documento, revelam, o executivo europeu destaca os progressos que têm sido feitos pelo país invadido pela Rússia nesse sentido, apesar do contexto de guerra existente no seu território.

Recorde-se que a União Europeia concedeu à Ucrânia o estatuto oficial de país candidato há um ano, precisamente quatro meses após Moscovo invadir o território ucraniano.

Porém, foram estabelecidas sete condições - incluindo a reforma judicial e a luta contra a corrupção endémica no país - para iniciar as negociações com Kyiv, que pediu que as mesmas começassem ainda este ano.

O relatório executivo da Comissão Europeia é um elemento importante nesse processo e, segundo dois altos funcionários europeus que foram informados sobre o teor do relatório, a Ucrânia já cumpriu dois dos critérios. Segundo uma das fontes, foi no âmbito da reforma judicial e da legislação relativa aos meios de comunicação social que foram dados tais passos positivos.

Para além do reforço dos esforços de luta contra a corrupção, outros critérios incluem reformas do Tribunal Constitucional ucraniano e da aplicação da lei, medidas de combate ao branqueamento de capitais, bem como leis para controlar os oligarcas e salvaguardar os direitos das minorias nacionais.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), quase nove mil civis morreram e mais de 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno.

Leia Também: Navalny anuncia "campanha eleitoral" contra a guerra e contra Putin

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