Países da UE vão treinar 30.000 soldados ucranianos em 2023

Os países da União Europeia (UE) vão formar 30.000 soldados ucranianos em 2023, anunciou hoje o Ministério da Defesa da Ucrânia, numa altura em que o exército lançou uma contraofensiva destinada a libertar os territórios ocupados pela Rússia.

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© Wojciech Grzedzinski/Anadolu Agency via Getty Image

Lusa
20/06/2023 17:04 ‧ 20/06/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Em 2023, no âmbito da missão de assistência militar da UE à Ucrânia, está prevista a formação de 30.000 membros das forças armadas ucranianas, incluindo soldados das forças de defesa territorial", afirmou o ministério num comunicado publicado na rede social Telegram.

"O objetivo estratégico é reforçar as capacidades das forças armadas ucranianas para a condução eficaz das operações, para a proteção da soberania, para a restauração da integridade territorial da Ucrânia, e para a proteção dos civis", adiantou.

O anúncio surge no mesmo dia em que a Comissão Europeia (CE) propôs uma reserva de 50 mil milhões de euros de apoio à recuperação da Ucrânia, 15 mil milhões de euros para gestão das migrações e 10 mil milhões para investimentos 'verdes' e tecnológicos.

"Estamos num mundo completamente diferente do de 2020, quando o orçamento plurianual da UE foi negociado", explicou hoje a presidente do executivo europeu, Ursula von der Leyen, numa conferência de imprensa em Bruxelas.

Trata-se das prioridades do executivo comunitário na proposta de orçamento da UE a longo prazo, até 2027, em que se prevê "uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros para os próximos quatro anos, o que inclui empréstimos e subvenções" para a reconstrução da Ucrânia, após a guerra.

"A reserva proporcionará aos nossos parceiros na Ucrânia uma perspetiva flexível e previsibilidade e deverá também incentivar outros doadores a darem um passo em frente", acrescentou Ursula von der Leyen.

A chefe do executivo europeu notou ainda que o apoio financeiro será atribuído "de acordo com a evolução da situação no terreno".

 A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Rússia? "Estado maléfico não dispõe das reservas para travar a Ucrânia"

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