Israel prende alegados suspeitos do ataque contra colonato na Cisjordânia
O Exército de Israel anunciou hoje a detenção de três suspeitos durante uma operação em Urif, Cisjordânia ocupada, onde residiam indivíduos alegadamente envolvidos no ataque contra um colonato em que morreram quatro pessoas na terça-feira.
© Getty Images/AHMAD GHARABLI
Mundo Ataque
De acordo com um comunicado do Exército difundido hoje pela rede social Twitter, a operação foi levada a cabo para "combater o terrorismo, interrogar suspeitos e fazer buscas a edifícios", com o objetivo de localizar indivíduos envolvidos no atentado.
"Durante a noite, três pessoas procuradas foram detidas e estão a ser interrogadas pelas forças de segurança", refere o documento israelita, acrescentando que as Forças Armadas decidiram enviar "batalhões adicionais" para a Cisjordânia.
O ataque de terça-feira contra um restaurante e um posto de abastecimento de combustível perto do colonato de Eli foi atribuído por Israel a membros do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica).
Israel identitificou dois dos atacantes: Muhanad Shenade e Jaled Saba, que morreram durante e depois do atentado, respetivamente.
No atentado morreram quatro cidadãos israelitas, entre os quais um jovem de 17 anos de idade.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallanat, disse ao jornal Times of Israel que ordenou às forças de segurança para impedir a entrada em território israelita a dezenas de familiares de Shenade e Saba.
Israel disse entretanto que os militares impediram, nas últimas horas, um ataque armado contra um posto de controlo em Ofra, Cisjordânia.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse na terça-feira que "todas as opções estão em aberto" para responder ao ataque, defendendo uma operação militar de grande escala na Cisjordânia ocupada.
O ataque de terça-feira no colonato israelita ocorreu um dia depois de uma operação militar de Israel na cidade de Jenin, Cisjordânia, e que resultou na morte de sete cidadãos palestinianos, incluindo dois adolescentes de 15 anos de idade, tendo provocado ferimentos em mais de 90 pessoas.
Oito elementos das forças de segurança de Israel ficaram feridos durante a operação de segunda-feira.
Um porta-voz da Presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil abu Rudeina, acusou Israel de estar a cometer "um massacre" acrescentando que os israelitas estão a "tentar arrastar a zona (Cisjordânia) para um contexto de violência".
Nesse sentido Rudeina pediu a intervenção dos Estados Unidos para "parar imediatamente a loucura israelita".
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