O eurodeputado socialista - de 60 anos, cuja imunidade foi levantada em fevereiro pelo Parlamento Europeu - foi detido há quatro meses na Itália e, desde então, foi colocado sob supervisão judicial enquanto aguarda a execução de um mandado de prisão europeu.
Cozzolino é o terceiro eurodeputado acusado no chamado escândalo Qatargate, que eclodiu em dezembro de 2022 com a descoberta, por investigadores belgas, de cerca de 1,5 milhões de euros em numerário distribuído por várias malas, durante buscas realizadas em Bruxelas.
A justiça belga suspeita da existência de pagamentos em dinheiro em troca de decisões políticas ou posições favoráveis para o Qatar e para Marrocos no Parlamento Europeu, o que Doha e Rabat negam.
Quando chegou a Bruxelas na segunda-feira, Andrea Cozzolino apresentou-se voluntariamente perante as autoridades belgas e foi ouvido pela polícia antes de ser apresentado ao juiz de instrução, que o acusou na tarde de terça-feira e o libertou, sujeito a medidas de coação, informou a Procuradoria em comunicado.
Antes de Cozzolino, outros seis suspeitos já tinham sido acusados neste caso, incluindo dois eurodeputados socialistas: a grega Eva Kaili e o belga Marc Tarabella.
Cozzolino, que também foi excluído do grupo dos Socialistas e Democratas no Parlamento, é suspeito de ter recebido dinheiro para promover os interesses de Marrocos dentro da única instituição eleita da UE.
O Ministério Público Federal já anunciou que espera que a investigação esteja terminada até ao final deste ano.
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