Luiz Inácio Lula da Silva manteve os dois encontros num hotel à margem da Cimeira para um Novo Pacto Financeiro Global, que reúne até sexta-feira em Paris cerca de 50 chefes de Estado e de Governo para lançar as bases de um sistema de financiamento do desenvolvimento que agregue a luta contra a pobreza e as alterações climáticas.
O líder brasileiro, que aterrou em Paris ao meio-dia de hoje, proveniente de Itália, teve uma agenda preenchida com encontros bilaterais.
Além dos chefes de Estado de Cuba e da África do Sul, encontrou-se com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, e com o presidente da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP) 28, Sultan Ahmed Al Jaber, dos Emirados Árabes Unidos.
O Presidente brasileiro almoçou também com a sua amiga Dilma Rousseff, antiga Presidente do Brasil e atual chefe do banco do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A presidência brasileira informou que Lula da Silva e o chefe de Estado cubano "discutiram questões relacionadas com a América Latina e a situação mundial".
Com o seu homólogo sul-africano, Lula da Silva discutiu a próxima cimeira do BRICS em agosto e a guerra na Ucrânia, uma questão em que os dois líderes estão de acordo, mas que divergem da posição do Ocidente.
Os dois líderes falaram de "opções que contribuam para a paz no conflito entre a Rússia e a Ucrânia". A Presidência brasileira detalhou que Ramaphosa informou Lula da Silva sobre a recente visita à Rússia e à Ucrânia realizada em conjunto com outros seis líderes africanos.
"No encontro com Putin, o Presidente sul-africano defendeu o fim da guerra, sobretudo por causa das consequências do conflito em África, com a dificuldade de importar grãos da Ucrânia e fertilizantes da Rússia, o que compromete a segurança alimentar de vários locais da África", informaram as autoridades brasileiras.
Lula da Silva, que assistirá a um concerto e a um jantar no Palácio do Eliseu hoje à noite, prossegue a sua preenchida agenda na sexta-feira.
Esta inclui a sua participação na cimeira sobre o novo pacto financeiro global no Palácio da Bolsa, um almoço com o Presidente francês, Emmanuel Macron, um encontro bilateral com o chefe de Estado do Congo, Denis Sassou-Nguesso e um jantar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed Bin-Salman.
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