No decurso de uma cerimónia oficial no palácio presidencial, Mitsotakis, 55 anos, prestou um juramento religioso perante os responsáveis da poderosa igreja ortodoxa, de acordo com a tradição na Grécia.
No domingo, a ND (direita) garantiu uma maioria absoluta com 40,55 dos votos expressos e 158 dos 300 lugares no parlamento unicameral grego, no segundo escrutínio em cinco semanas. Em 21 de maio o partido de Mitsotakis tinha já garantido a primeira posição, mas sem garantir a hegemonia parlamentar.
O escrutínio foi igualmente assinalado por uma forte abstenção, e após os eleitores terem sido convocados às urnas duas vezes em cinco semanas, ao atingir 47% contra 39% em 21 de maio.
O Syriza, o principal partido da oposição liderado pelo ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras (2015-2019) recolheu 17,8% dos votos, um resultado ainda mais fraco em comparação com os obtidos há cinco semanas. Os sociais-democratas do Pasok e o Partido Comunista (KKE) garantiram a terceira e quarta posição, com 11 e 8% dos votos.
Três partidos de extrema-direita também ultrapassaram a barreira dos 3% para garantir representação parlamentar, incluindo os Espartanos, uma nova formação que reivindica a herança dos neonazis da dissolvida Aurora Dourada.
O Caminho para a Liberdade, uma formação de esquerda liderada pela antiga presidente do parlamento Zoe Konstantopoulou também conseguiu representação parlamentar.
No seu discurso de vitória na noite de domingo, Mitsotakis prometeu o prosseguimento da recuperação económica, aumentos salariais e contratações massivas de médicos e outros funcionários para os hospitais públicos.
Com esta ampla vitória, o dirigente, proveniente de uma das famílias políticas da direita grega, pode agora reivindicar uma posição de destaque na direita europeia liderada pelo alemão Manfred Weber, o chefe do Partido Popular Europeu (PPE), de quem é próximo.
"A Nova Democracia é o partido de centro-direita mais forte na Europa!", reivindicou Mitsotakis na noite de domingo.
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