Na conversa, Joe Biden perguntou a Giorgia Meloni sobre o compromisso da Itália no Mediterrâneo, a colaboração com a União Europeia para a estabilidade em África e foi dada grande atenção ao quadro da crise na Rússia e ao impacto relacionado com a presença do grupo Wagner em África", explica uma nota do governo italiano divulgada na segunda-feira à noite.
Além disso, Meloni e Biden "reafirmaram os laços profundos" comuns, "a solidez da aliança transatlântica e a unidade da NATO, questões que serão discutidas na próxima cimeira em Vilnius (Lituânia).
A oposição havia criticado Meloni, considerando que Itália tinha ficado de fora do primeiro círculo de aliados dos Estados Unidos por não ter sido contactada no passado dia 25 de junho, quando Biden falou com os homólogos alemão, francês e britânico.
Segundo a Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos também convidou Meloni para ir à Casa Branca, em julho.
No fim de semana, Yevgeny Prigozhin, que lidera o grupo Wagner, conduziu uma rebelião armada de 24 horas, com os mercenários a tomarem a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e a avançar até 200 quilómetros de Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
Yevgeny Prigozhin justificou na segunda-feira a "rebelião" do grupo com a necessidade de "salvar" a organização, rejeitando ter tentando um golpe de Estado e adiantando que 30 dos seus mercenários morreram em confrontos com militares russos.
Por seu lado, o Presidente russo, Vladimir Putin, num discurso transmitido na segunda-feira pela televisão russa, acusou os responsáveis pela rebelião de serem traidores e disse que as suas ações só beneficiaram a Ucrânia e os seus aliados.
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