Numa publicação na conta pessoal na rede social Facebook, Viktor Orbán considerou "inaceitável" o facto de Bruxelas estar a dar mais 50 mil milhões de euros à Ucrânia sem que haja qualquer controlo sobre a utilização do dinheiro.
"É inaceitável que Bruxelas esteja a dar mais 50 mil milhões de euros de ajuda à Ucrânia quando não sabemos nada sobre a utilização dos fundos da União Europeia enviados desde o início da guerra", argumentou.
Orbán acrescentou ter tido uma reunião virtual com os homólogos croata, eslovaco, sueco, belga e luxemburguês sobre as reformas orçamentais da UE, dois dias antes da próxima cimeira dos líderes europeus.
Segundo o primeiro-ministro húngaro, as alterações propostas por Bruxelas "não são sérias e não se prestam a discussão", acrescentando que a CE "continua a reter o dinheiro devido à Hungria e à Polónia de anteriores empréstimos conjuntos".
"Isto é inaceitável", afirmou.
Bruxelas quer gastar milhares de milhões de euros na recolocação de migrantes, o que Orbán criticou, dizendo que é "ultrajante".
Os líderes europeus reúnem-se na quinta e sexta-feira em Bruxelas para discutir questões económicas e a situação na Ucrânia.
Bruxelas está a congelar os fundos da UE para a Hungria e a Polónia, alegando que os dois países violam o Estado de direito.
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