A informação foi avançada pelo porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em conferência de imprensa, que recusou haver ligação da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, hoje anunciada, de 500 milhões de dólares (458 milhões de euros), com a tentativa de rebelião do líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, contra a liderança política e militar da Rússia.
"Não há nenhuma ligação ou conexão ou mudanças no valor [da ajuda que vai para a Ucrânia] com base no que aconteceu na Rússia", disse Pat Ryder, reiterando que os EUA mantiveram as linhas de comunicação abertas com a Rússia durante a tentativa de rebelião de Prigozhin no sábado, embora o secretário de Defesa Lloyd Austin não tenha tido contacto com o homólogo russo, Sergei Shoigu.
Depois de suspender a rebelião após ambas as partes chegarem a um acordo, o presidente russo, Vladimir Putin, deu aos mercenários de Wagner três opções: voltar para casa, exilar-se na Bielorrússia ou assinar um contrato com o Ministério da Defesa russo ou outras agências de segurança do país.
Prigozhin está atualmente na Bielorrússia, confirmou o presidente bielorrusso Alexandr Lukashenko, que atuou como mediador durante a crise, na terça-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, negou na segunda-feira qualquer envolvimento do Ocidente e da NATO nesta tentativa de rebelião e sublinhou que os EUA vão continuar a apoiar a Ucrânia na defesa contra a invasão russa.
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