O gabinete de inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia indicou, numa mensagem na sua conta no Telegram, que, "de acordo com os dados mais recentes, o contingente de ocupação está a retirar-se gradualmente do território da central nuclear de Zaporíjia".
"Entre os primeiros a deixar a estação estavam três funcionários da Rosatom, que administravam as ações dos russos. Os funcionários ucranianos que assinaram um contrato com a Rosatom também foram aconselhados a sair", divulgou aquela estrutura, acrescentando que "as instruções que lhes deram indicam que devem sair antes de dia 05 de julho".
Assim, sublinhou que "o destino pretendido é o território da Crimeia ocupada", reiterando que entre os que abandonaram o local encontram-se vários altos funcionários.
"Além disso, o número de patrulhas militares está a diminuir gradualmente no território da central e na cidade satélite de Energodar", observou.
Segundo o gabinete de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, "os funcionários que permaneceram na estação foram instruídos a 'culpar a Ucrânia em caso de emergência'".
A Rússia não comentou esta informação, embora o Kremlin tenha declarado recentemente que as acusações do presidente ucraniano são "outra mentira".
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) solicitou no ano passado a criação de uma zona de segurança ao redor da central, para evitar o risco de um acidente.
Kyiv considera que Moscovo utiliza este tipo de instalações estratégicas como chantagem, dado que os possíveis efeitos de um desastre nuclear transcenderiam as fronteiras da Ucrânia.
A central de Zaporíjia, a maior da Europa, tem seis reatores, que começaram a funcionar entre 1984 e 1995. Está controlada pelas forças russas desde março do ano passado, logo após o início da invasão russa na Ucrânia, e tem sido palco de constantes ofensivas.
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