O sistema de saúde e os recursos disponíveis neste vasto país da África Central estão sob a pressão de epidemias concomitantes - como a febre amarela, a cólera e a malária - que estão a aumentar em número devido às recentes catástrofes naturais, afirmou a agência de saúde das Nações Unidas.
De acordo com a OMS, 7,4 milhões de pessoas na RDCongo precisam de assistência médica.
"Todo o sistema de saúde está atualmente em ponto de rutura", declarou a organização.
O leste da RDCongo é assolado pela violência armada há cerca de 30 anos.
Cerca de um milhão de pessoas fugiram das suas casas na região desde o início do ano, segundo a ONU, que cita os ataques armados contra civis e a crescente instabilidade.
Desde dezembro de 2022, foram registados cerca de 25.000 casos de cólera e mais de 136.000 casos de sarampo, incluindo 2.000 vítimas mortais.
Só a província de Kivu do Norte é responsável por metade dos casos de cólera registados desde junho de 2022, devido às deslocações da população relacionadas com o conflito.
A OMS precisa de 174 milhões de dólares (cerca de 160 milhões de euros) este ano para prestar ajuda sanitária de emergência na RDCongo, mas apenas angariou 23 milhões de dólares (21 milhões de euros).
A organização afirmou ter intensificado a sua ajuda sanitária de emergência nas províncias orientais, nomeadamente em termos de alerta precoce e vigilância das doenças.
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