Os peritos sul-coreanos concluíram que o aparelho "não tinha qualquer utilidade militar como satélite de reconhecimento", declarou o Ministério da Defesa.
Partes do aparelho foram recuperadas do mar Amarelo e analisadas por cientistas norte-americanos e sul-coreanos.
Em 31 de maio, a Coreia do Norte tentou lançar um satélite para o espaço, mas o foguetão que o transportava despenhou-se devido a um problema no motor, de acordo com Pyongyang.
O lançamento desencadeou alertas de mísseis no Japão e na Coreia do Sul. As buscas sul-coreanas demoraram 36 dias e mobilizaram uma frota de barcos, dragas e mergulhadores submarinos.
A Coreia do Norte explicou que o desenvolvimento deste satélite "espião" era necessário, tendo em conta a crescente presença militar dos Estados Unidos na região.
Os programas espaciais são também uma das prioridades do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o país anunciou a intenção de lançar em breve um novo satélite.
Na Coreia do Norte, o partido no poder criticou os responsáveis pela queda do satélite, de acordo com os meios de comunicação oficiais, ao passo que Washington, Seul e Tóquio condenaram o teste espacial como uma violação das sanções da ONU contra Pyongyang.
Analistas disseram acreditar que os lançamentos espaciais e os lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais, armas poderosas que Pyongyang está proibida de utilizar, se baseiam em tecnologias semelhantes.
As relações entre as duas Coreias atravessam um período de grande tensão, enquanto as conversações sobre a desnuclearização do Norte fracassaram, com Kim Jong-un a declarar que o estatuto do país como potência nuclear "é irreversível".
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