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RDCongo quer acordo de segurança com África do Sul

O Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, anunciou hoje que considera assinar um acordo de segurança com a África do Sul, para enfrentar os inúmeros focos de instabilidade militar no seu país, designadamente na região leste.

RDCongo quer acordo de segurança com África do Sul
Notícias ao Minuto

19:42 - 06/07/23 por Lusa

Mundo RDCongo

Este acordo bilateral viria juntar-se aos acordos concluídos a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), de que a RDCongo e a África do Sul são membros, declarou numa conferência de imprensa em Kinshasa com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, que se encontra em Kinshasa numa visita oficial.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse por sua vez que o seu país vai continuar a trabalhar com a RDCongo para pôr fim à instabilidade e apelou ao diálogo para a resolução de conflitos.

"Vamos trabalhar para silenciar as armas. Vamos continuar a apoiar a RDCongo nos setores da segurança e do desenvolvimento, reforçando as nossas ligações e aplicando as resoluções de segurança propostas pelos nossos peritos", disse Ramaphosa.

O chefe de Estado sul-africano acrescentou que Tshisekedi concordou consigo "que sentar e encontrar formas de negociar é a melhor maneira de resolver conflitos".

Por seu lado, o líder da RDCongo salientou a importância de "reforçar a cooperação entre Pretória e Kinshasa".

"Os nossos dois países podem usar a sua influência para ajudar a região da África Austral a atingir um novo nível económico", apontou.

Os dois presidentes anunciaram que os seus países vão também trabalhar em conjunto no setor mineiro para "não deixar a porta aberta aos que vêm para África extrair ilegalmente os minerais africanos".

"Temos de beneficiar dos nossos próprios recursos naturais", afirmou Ramaphosa.

Desde 1998, o leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão das Nações Unidas na RDCongo (Monusco), com cerca de 16.000 efetivos uniformizados no terreno.

A ausência de alternativas e de meios de subsistência estáveis levou milhares de democrático-congoleses a pegar em armas e, de acordo com o Barómetro de Segurança de Kivu (KST), o extremo leste da RDCongo é um campo de batalha para cerca de 120 grupos rebeldes.

A RDCongo possui algumas das maiores reservas mundiais de cobalto, cobre, ouro, diamantes e coltan, entre outros minerais, bem como petróleo, gás e a segunda maior floresta tropical do mundo.

No entanto, de acordo com os dados recolhidos pelo Banco Mundial, cerca de 73% da população - cerca de 60 milhões de pessoas - é obrigada a viver com menos de 1,90 dólares (1,7 euros) por dia, o que faz do país um dos mais pobres do mundo.

A África do Sul possui as maiores reservas mundiais de ouro, bem como de diamantes, ferro, platina, manganês, crómio, cobre, urânio, prata, berílio e titânio.

Leia Também: João Lourenço pede que Zâmbia e RDCongo cooperem no setor energético

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