O distrito de Mangu, no estado de Plateau, é assolado há dois meses por ataques e violência entre comunidades agrícolas e pastoris, que já fizeram mais de 200 mortos.
No domingo, homens armados voltaram a atacar várias aldeias do distrito, matando pelo menos nove pessoas, disse à France-Presse o porta-voz militar regional, James Oya, e um líder comunitário, Jerry Datim, que adiantou que "continuam as buscas porque algumas pessoas ainda estão desaparecidas".
Dois dias antes, na sexta-feira, oito aldeias de pastores foram atacadas e 15 pessoas morreram, disse Nuru Abdullahi, presidente da Associação de Criadores de Gado Miyyeti Allah (MACBAN) da Nigéria.
Para combater esta explosão de violência, o governador do estado do Plateau, Caleb Mutfwang, impôs uma proibição total de circulação na área "até novo aviso, exceto para o pessoal de segurança e pessoas que desempenham funções essenciais", anunciou o porta-voz do governador, em comunicado.
As regiões noroeste e central da Nigéria são regularmente palco de tensões e conflito sobre a exploração da terra e dos recursos hídricos entre comunidades agrícolas e pastoris, agravadas nos últimos anos pela pressão demográfica e pelas alterações climáticas.
A cadeia de assassínios seguida de represálias deu origem a uma criminalidade mais ampla na região, com gangues a fazerem incursões direcionadas a aldeias, matando dezenas de moradores, saqueando e sequestrando em troca de resgates.
Estes abusos são um dos múltiplos desafios de segurança que o Presidente Bola Tinubu enfrenta à frente do país mais populoso de África e da maior economia do continente.
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