O Ministério da Defesa da Bielorrússia anunciou num comunicado divulgado na rede social Telegram que "logo que os representantes do Grupo Wagner cheguem e sejam colocados nos campos de treino, para troca mútua de experiências, espera-se que seja dada uma atenção especial às técnicas de combate e métodos pelas Forças Armadas da Bielorrússia".
O Ministério sublinhou que "estão a ser concluídos os preparativos" para a chegada de soldados russos para tarefas de "coordenação de combate" e treino, no quadro de uma estreita colaboração a nível militar entre Moscovo e Minsk.
O anúncio ocorre depois de o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, ter desempenhado o papel de mediador após a rebelião de 24 de junho, liderada por Prigozhin, cujas forças avançaram até à capital russa.
Horas depois do motim, as partes chegaram a um acordo que previa a retirada dos membros do Grupo Wagner com vista à sua eventual integração no Exército e a retirada das acusações dos envolvidos na revolta.
Embora inicialmente houvesse informação que o líder do Grupo Wagner poderia ter-se instalado no território da Bielorrússia, na semana passada Lukashenko admitiu que Prigozhin estava na cidade russa de São Petersburgo.
Na segunda-feira, o Kremlin confirmou que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder do Grupo Wagner se tinham reunido em 29 de junho, para discutir os acontecimentos de 24 de junho.
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