General russo desaparecido desde rebelião do Wagner está "a descansar"
O general Sergei Surovikin, que está desaparecido desde a tentativa de rebelião do grupo Wagner e que foi associado à insurgência, "está a descansar", garantiu hoje o presidente do comité de Defesa do parlamento russo.
© Adam Berry/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"Está a descansar. Não está disponível neste momento", destacou Andrei Kartapolov ao canal Shot da rede social Telegram.
De acordo com o órgão de comunicação social russo Verstka, Sergei Surovikin, vice-comandante das forças russas na Ucrânia, foi detido pelos serviços de segurança russos pelo seu alegado envolvimento na rebelião dos mercenários do grupo Wagner em 24 de junho.
Ao mesmo tempo, o general ainda não foi oficialmente acusado, realçou o diário digital.
O Kremlin ainda não comentou as informações sobre a possível detenção de Surovikin, apesar de ter começado a circular logo após o final da tentativa de motim do grupo Wagner.
O primeiro a anunciar a alegada detenção de Surovikin foi o blogger militar Vladimir Romanov, especificando que o general foi detido em 25 de junho, um dia depois da rebelião fracassada.
Segundo vários meios de comunicação, Surovikin também não conseguiu comunicar com a sua família, embora a filha do general tenha negado a detenção do seu pai em 29 de junho, garantindo que este se encontrava no "seu local de trabalho".
Os mercenários do Grupo Wagner, liderados por Yevgeni Prigozhin, realizaram uma tentativa de rebelião no final de junho que foi abortada quando uma coluna militar se aproximava de Moscovo para depor as chefias militares, em resultado de uma mediação do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Para evitar ser julgada por acusações criminais, a organização paramilitar concordou em desarmar e entregar o seu material militar às Forças Armadas Russas.
O Ministério da Defesa russo anunciou hoje que recebeu do grupo paramilitar Wagner mais de 2.000 equipamentos militares, 2.500 toneladas de munições e 20.000 armas pequenas, graças ao acordo alcançado após a sua rebelião abortada em junho.
Ao abrigo do acordo, Prigozhin e alguns dos seus homens podiam transferir-se para a Bielorrússia, ou serem integrados nas forças regulares da Rússia.
Mas, até ao momento, os mercenários ainda não se apresentaram no acampamento que lhes é destinado na Bielorrússia, e , segundo um comandante do grupo Wagner, numa entrevista a um jornalista russo citada pela agência EFE, Prigozhin ofereceu férias aos seus soldados até agosto.
O grupo Wagner esteve na linha da frente desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, tendo assumido protagonismo na conquista de Bakhmut, na província de Donetsk (leste), na mais longa e sangrenta batalha desta guerra, à custa de elevadas baixas, entre acusações abertas de Prigozhin de falta de apoio militar por parte de Moscovo.
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