"A nossa ambição é promover cuidados e serviços de saúde de alta qualidade e a preços acessíveis a todos, sem deixar ninguém para trás, protegendo os mais vulneráveis e promovendo o bem-estar da população de São Tomé e Príncipe, um capital humano essencial para o desenvolvimento económico e social", precisou a representante interina da OMS no país, Françoise Bigirimana.
A representante da OMS adiantou que, na aplicação da nova estratégia, a organização vai dar apoio técnico e desenvolver normas e políticas para garantir a qualidade dos cuidados e serviços de saúde, criando mais parcerias para a saúde e medir as tendências e os progressos do sistema de saúde são-tomense.
A nova estratégia, avaliada em 10,125 milhões de dólares, contém cinco prioridades para os próximos cinco anos, nomeadamente a reorientação da abordagem da saúde a nível distrital para alcançar a cobertura universal da saúde, a emergência de saúde pública, reforçando o regulamento sanitário internacional e a promoção da saúde em todas as políticas para "melhorar o bem-estar da população através de uma coordenação multissetorial".
Prevê ainda o financiamento sustentável da saúde, com a institucionalização das contas nacionais de saúde e a mobilização de recursos, bem como a melhoria da força de trabalho no setor, assegurando a disponibilidade, a distribuição e a qualidade dos recursos humanos através do reforço das capacidades em matéria de gestão, liderança e conhecimentos técnicos.
"Uma vez cumprindo estas estratégias em conjunto e com suporte técnico da OMS, o Ministério da Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais, e mais propriamente São Tomé e Príncipe estará no futuro muito melhor do que se encontra hoje. O caminho é longo, mas faz-se caminhando e o primeiro passo começa hoje com a implementação deste documento e sua respectiva materialização", sublinhou o ministro da Saúde são-tomense, Celsio Junqueira.
O coordenador das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, Eric Overvest, referiu que a estratégia da OMS está alinhada com o novo quadro de cooperação das Nações Unidas com São Tomé e Príncipe para 2023 a 2027, que visa acelerar o progresso para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2030.
"Não podemos ter a cobertura universal de saúde sem tomar em conta os desafios, mormente a água, higiene e saneamento, a nutrição, as mudanças climáticas e a educação", disse o responsável.
A nova estratégia foi hoje apresentada num dos hotéis na capital são-tomense, numa cerimónia que contou a presença de membros do Governo são-tomense, responsáveis do setor da saúde e das agências da ONU.
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