O presidente russo, Vladimir Putin, culpou os países ocidentais, esta quarta-feira, de "distorcerem completamente" o acordo de cereais do Mar Negro, mas afirmou, no entanto, que a Rússia regressará "imediatamente" ao acordo se todas as condições para fazê-lo forem atendidas.
"Reconsideraremos regressar se todos os princípios da participação russa forem implementados. Se todas as condições forem cumpridas, regressaremos imediatamente ao acordo para exportação de cereais", apontou, citado pela Reuters, numa reunião do governo.
Na ótica de Putin, "em vez de ajudar os países realmente necessitados, o Ocidente usou o acordo de grãos para chantagem política e... transformou-o numa ferramenta para enriquecer corporações transnacionais e especuladores no mercado global de cereais".
Também esta quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia referiu que Moscovo consideraria todos os navios que se dirigissem aos portos ucranianos como potenciais transportadores de cargas militares.
A medida acontece após a decisão da Rússia, no início da semana, de retirar-se do acordo de exportação de cereais do Mar Negro mediado pela ONU, que garantiu a segurança das exportações ucranianas no ano passado.
O acordo, negociado pela Turquia e pelas Nações Unidas, era destinado a facilitar as exportações agrícolas russas e ucranianas.
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