"De acordo com o programa de cooperação internacional, os exercícios navais conjuntos russo - chineses 'Norte/Interação-2023' vão ocorrer nas águas do Mar do Japão, entre os dias 20 e 23 de julho", lê-se num comunicado.
A Rússia é representada nos exercícios pelos caçadores de submarinos Admiral Tributs e Admiral Panteleyev e pelas fragatas Gromkiy e Otlichnyy, que receberam visitantes durante uma semana em Xangai, a maior cidade e o centro financeiro da China.
A esquadra russa é comandada pelo contra-almirante Valeri Kazakov, comandante da flotilha Primorye, que faz parte da Frota do Pacífico.
Quatro navios de guerra e um navio de apoio da Marinha do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas da China, estão a participar dos exercícios do lado chinês, incluindo os contratorpedeiros Qiqihar e Guiyang, as fragatas de mísseis guiados Zaozhuang e Rizhao e o navio de abastecimento Taihu.
"O principal objetivo dos exercícios é fortalecer a cooperação naval entre a Federação Russa e a República Popular da China, bem como apoiar a estabilidade e a paz na região da Ásia - Pacífico", enfatizou a Frota do Pacífico.
Os exercícios "Norte/Interação-2023" incluem exercícios de combate naval e anti - submarino, a proteção de rotas e comunicações no mar e no espaço aéreo e práticas de tiro de artilharia conjunta.
Os exercícios conjuntos ocorrem apesar das crescentes repercussões económicas e humanitárias suscitadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
A China afirma ser neutra no conflito, mas acusou os Estados Unidos e os seus aliados de provocarem a Rússia e reforçou a relação económica, diplomática e comercial com Moscovo.
Pequim recusou condenar a invasão da Ucrânia em fóruns internacionais, mas assegurou que não fornecerá armas para nenhum dos lados da guerra.
O exercício ocorre após uma reunião em Pequim entre o ministro da Defesa da China e o chefe da marinha russa, nas primeiras negociações militares formais entre os países vizinhos, desde um motim de curta duração protagonizado pelo grupo mercenário russo Wagner.
O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, disse ao almirante russo Nikolai Yevmenov que a China espera aumentar os intercâmbios, exercícios conjuntos e outras formas de cooperação para ajudar os laços na área da Defesa a "atingir um novo nível", de acordo com o ministério.
A China opera a maior marinha do mundo em número de cascos e supera em muito a marinha da Rússia em tamanho e capacidade técnica. As frotas e as forças aéreas dos dois países realizaram vários exercícios e manobras conjuntas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no ano passado.
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