Rússia reitera compromisso com "estabilização" da RCA
A Rússia manifestou hoje a vontade em continuar a contribuir para a "estabilização da situação" na República Centro-Africana, país onde a presença de mercenários do grupo paramilitar russo Wagner tem sido determinante para o regime de Bangui.
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A garantia foi dada pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo e representante especial para o Médio Oriente e África, Mikhail Bogdanov, durante uma conversa telefónica com a ministra dos Negócios Estrangeiros da República Centro-Africana (RCA), Sylvie Baipo Temon, segundo um comunicado da diplomacia russa.
"Foram discutidas as questões atuais de um maior desenvolvimento da cooperação multifacetada entre a Rússia e a África Central, com ênfase no aprofundamento do diálogo político e na coordenação das abordagens de princípio de Moscovo e de Bangui na ONU e noutras estruturas internacionais", lê-se no comunicado.
A República Centro-Africana é um dos países africanos em que o grupo paramilitar Wagner, uma organização mercenária pró-russa até ao final de junho, quando o seu líder, Yevgeni Prigozhin, encenou uma tentativa de rebelião devido a divergências no planeamento da guerra na Ucrânia, é uma presença proeminente.
No entanto, Moscovo assegurou na altura que o grupo Wagner continuaria as suas atividades na República Centro-Africana e noutros países do continente, apesar dos desacordos com a organização mercenária.
Prigozhin garantiu hoje que o grupo Wagner não irá retirar-se de África.
No passado dia 16, várias centenas de combatentes do grupo Wagner chegaram à República Centro-Africana para "garantir a segurança" antes do referendo de 30 de julho, numa rotação prevista de efetivos.
O anúncio foi feito pela Comunidade de Oficiais para a Segurança Internacional (COSI) na rede social Telegram.
Segundo os Estados Unidos, a COSI, empresa de fachada do grupo Wagner na República Centro-Africana, é dirigida por um russo, Alexandre Ivanov, que se encontra sob sanções norte-americanas desde janeiro.
No continente africano, além da República Centro-Africana, os mercenários do grupo Wagner estão presentes no Sudão e Mali.
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