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Contraofensiva ucraniana "falhou". Putin estima mais de 26 mil baixas

Vladimir Putin disse hoje ao Presidente da Bielorrússia que a contraofensiva ucraniana, lançada no início de junho para expulsar as forças russas, falhou, estimando mais de 26 mil baixas no exército ucraniano.

Contraofensiva ucraniana "falhou". Putin estima mais de 26 mil baixas
Notícias ao Minuto

10:41 - 23/07/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Não há contra-ofensiva", declarou Lukashenko, de acordo com a agência de notícias TASS, antes de ser interrompido por Vladmir Putin, que lançou: "Há uma, mas falhou".

Vladimir Putin e Alexander Lukashenko reuniram hoje no Palácio de Constantino, em São Petersburgo, num encontro a que os dois líderes "vão dedicar um dia e meio, dois dias" às conversações bilaterais sobre "a segurança na região", disse o presidente russo, em declarações à televisão russa.

Durante a reunião, Lukashenko adiantou que, de acordo com fontes norte-americanas, Kiev teria perdido 26 mil soldados desde junho, mas Putin precisou que "são mais".

Ambos sublinharam ainda que nas últimas 24 anos, o exército russo destruiu 15 tanques Leopard e 20 veículos blindados Bradley, o número mais elevado de equipamentos militares estrangeiros destruídos num dia.

Putin considerou também muito grandes as perdas nas fileiras dos mercenários estrangeiros "devido à sua estupidez", acusando os respetivos governos, e sublinhou que o arsenal ocidental está a esgotar-se, considerando, por isso, que a contraofensiva falhou.

Nos últimos dias, o próprio Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, reconheceu, nos últimos dias, que a contraofensiva está a avançar de forma mais lenta do que esperado, porque Kiev quer proteger as suas tropas e equipamentos, admitindo também que começou demasiado tarde devido à escassez de armamento, dando tempo ao exército russo de reforçar as suas posições e linhas de defesa.

O encontro entre Vladimir Putin e o Presidente da Bielorrússia acontece quase um mês após a rebelião fracassada dos mercenários do grupo Wagner, em que Lukashenko desempenhou um importante papel para lhe pôr fim.

Os dois líderes terão, por isso, de discutir também o tema, sobre o qual tanto o Kremlin como o próprio Lukashenko reconhecem que o Presidente bielorrusso atuou como mediador entre a presidência russa e Yevgeny Prigozhin para encontrar uma solução rápida.

No acordo, foi proposto aos mercenários do grupo Wagner assinar um contrato com o exército russo, regressarem à vida civil ou irem para a Bielorrússia, para onde acabaram por ir alguns dos membros.

Lukashenko assegurou hoje ao Presidente russo que mantinha o grupo Wagner no centro do país, alegando controlar a situação.

"Eles começaram a cansar-nos. Estão a pedir para ir para o oeste (...) para Varsóvia, Rzeszów", começou por dizer Lukashenko a Vladimir Putin. "Mas, claro que eu os mantenho no centro da Bielorrússia, como combinamos", acrescentou.

Lukashenko também acusou Varsóvia de querer "transferir territórios" do oeste da Ucrânia para a Polónia, o que descreveu como "inaceitável".

Na sexta-feira, Vladimir Putin já tinha feito comentários semelhantes, levando Varsóvia a convocar o embaixador russo no dia seguinte "com urgência", considerando as declarações do presidente russo provocativas.

[Notícia atualizada às 12h51]

Leia Também: Lukashenko a caminho da Rússia. Vai encontrar-se com Putin

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