O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, realçou, em comunicado, que a administração liderada por Joe Biden está "profundamente preocupada" com os últimos acontecimentos.
Washington condenou ainda "qualquer tentativa de subverter o governo democrático" do Níger.
"Em particular, exigimos que elementos da guarda presidencial libertem o Presidente Bazoum e evitem a violência", pode ler-se.
O acesso ao Palácio Presidencial do Níger, em Niamey, está bloqueado desde a manhã de hoje e a circulação da estrada que dá acesso ao edifício continua bloqueada por membros da guarda presidencial, adiantaram à agência Efe fontes presentes no local.
Esta é a segunda tentativa sofrida pelo país africano depois de, em 31 de março de 2021, as autoridades do Níger terem abortado uma tentativa de golpe militar contra Bazoum dois dias antes da sua posse, que se limitou a uma série de tiroteios perto do Palácio Presidencial na capital do país.
Jake Sullivan garantiu também, citado na nota de imprensa da Casa Branca, que o governo norte-americano está a acompanhar a situação para "garantir a segurança" dos seus cidadãos no Níger.
"O Níger é um parceiro vital para os Estados Unidos. Partilhamos valores sobre democracia e direitos humanos e colaboramos para promover a segurança e a prosperidade regional", frisou Sullivan, elogiando ainda a condenação da tentativa de golpe pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O Presidente do Níger denunciou hoje uma tentativa de golpe de Estado hoje por parte de elementos da guarda presidencial e garantiu que o Exército ripostará se não recuarem.
Na sua conta na rede social X (ex-Twitter), Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa "manifestação antirrepublicana" e tentaram em vão obter o apoio das outras forças de segurança.
Na mesma mensagem, Mohamed Bazoum assegura que ele e a sua família estão bem, mas o Exército e a guarda nacional estavam prontos para atacar se os envolvidos não mudassem de ideias.
No entanto, a situação atual do Presidente gera dúvidas, já que organizações internacionais como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Francofonia exigiram a libertação do chefe de Estado nigerino.
Também a União Europeia exigiu já a libertação do chefe de Estado nigerino.
A França, potência colonial até à independência do país, em 1960, tem um destacamento militar de 1.500 homens no Níger, o mais importante no Sahel, após a retirada de outros países onde efetuou operações contra organizações fundamentalistas islâmicas, como o Mali e o Burkina Faso.
Leia Também: Níger. Presidente do Benim vai tentar mediar conflito