Explosão em Taganrog revela "incompetência e malícia da elite de Putin"

Podolyak atirou que "tudo o que está a acontecer na Rússia, incluindo em Taganrog, é uma consequência incondicional da guerra em grande escala iniciada" por aquele país.

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Daniela Filipe
28/07/2023 22:21 ‧ 28/07/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

Na ótica do conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, a explosão na cidade russa de Taganrog que, esta sexta-feira, provocou pelo menos 15 feridos, refletiu “a incompetência, a malícia e a irresponsabilidade da ‘elite’” do presidente russo, Vladimir Putin, classificando o incidente como “uma consequência incondicional da guerra em grande escala iniciada pela Rússia”.

“Tudo o que está a acontecer na Rússia, incluindo em Taganrog, é uma consequência incondicional da guerra em grande escala iniciada pela Rússia, dos processos descontrolados de desintegração dos sistemas de gestão em vários níveis e dos crescentes protestos internos”, começou por elencar o responsável, através da rede social Twitter.

Podolyak não se ficou por aqui, apontando que são necessárias “investigações para estabelecer as causas imediatas das explosões”. Contudo, a seu ver, “as ‘causas e consequências’ são claras: a incompetência, a malícia e a irresponsabilidade da ‘elite de Putin’…”, atirou.

De notar que o Ministério de Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de ter levado a cabo um ataque terrorista em território russo, na sequência da explosão que assolou a cidade de Taganrog e que provocou, pelo menos, 15 feridos.

"O regime de Kyiv levou a cabo um ataque terrorista com um míssil antiaéreo do sistema de defesa aérea S-200 convertido numa versão de ataque contra residências da cidade de Taganrog, na região de Rostov", informou a entidade, adiantando que "os sistemas de defesa aérea russos detectaram um míssil ucraniano e interceptaram-no no ar."

De acordo com o mesmo organismo, citado pela Sky News, "fragmentos de um míssil ucraniano abatido caíram no território de Taganrog", pelo que "vários edifícios foram danificados e também houve vítimas entre os civis".

Por seu turno, o governador da região de Rostov, Vasily Golubev, indicou que não há vítimas mortais e que os feridos são todos ligeiros.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.287 civis desde o início da guerra e 25.671 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Rússia acusa Ucrânia de ataque terrorista após explosão em Taganrog

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