Na ótica do conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, a explosão na cidade russa de Taganrog que, esta sexta-feira, provocou pelo menos 15 feridos, refletiu “a incompetência, a malícia e a irresponsabilidade da ‘elite’” do presidente russo, Vladimir Putin, classificando o incidente como “uma consequência incondicional da guerra em grande escala iniciada pela Rússia”.
“Tudo o que está a acontecer na Rússia, incluindo em Taganrog, é uma consequência incondicional da guerra em grande escala iniciada pela Rússia, dos processos descontrolados de desintegração dos sistemas de gestão em vários níveis e dos crescentes protestos internos”, começou por elencar o responsável, através da rede social Twitter.
Podolyak não se ficou por aqui, apontando que são necessárias “investigações para estabelecer as causas imediatas das explosões”. Contudo, a seu ver, “as ‘causas e consequências’ são claras: a incompetência, a malícia e a irresponsabilidade da ‘elite de Putin’…”, atirou.
Everything happening in Russia, including Taganrog, is an unconditional consequence of the large-scale war initiated by Russia, uncontrolled processes of disintegration of management systems at various levels, and growing internal protests. Investigations are needed to establish…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) July 28, 2023
De notar que o Ministério de Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de ter levado a cabo um ataque terrorista em território russo, na sequência da explosão que assolou a cidade de Taganrog e que provocou, pelo menos, 15 feridos.
"O regime de Kyiv levou a cabo um ataque terrorista com um míssil antiaéreo do sistema de defesa aérea S-200 convertido numa versão de ataque contra residências da cidade de Taganrog, na região de Rostov", informou a entidade, adiantando que "os sistemas de defesa aérea russos detectaram um míssil ucraniano e interceptaram-no no ar."
De acordo com o mesmo organismo, citado pela Sky News, "fragmentos de um míssil ucraniano abatido caíram no território de Taganrog", pelo que "vários edifícios foram danificados e também houve vítimas entre os civis".
Por seu turno, o governador da região de Rostov, Vasily Golubev, indicou que não há vítimas mortais e que os feridos são todos ligeiros.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 9.287 civis desde o início da guerra e 25.671 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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