Macron assegura apoio à reestruturação da dívida do Sri Lanka
O presidente francês, Emmanuel Macron, destacou o apoio de seu país à reestruturação da dívida do Sri Lanka, ainda sob os efeitos da pior crise económica de sua história moderna, numa visita relâmpago a Colombo.
© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images
Mundo França
Macron "reafirmou a disposição e o compromisso" da França em apoiar o Sri Lanka na sua recuperação económica. "Como quarto maior credor do Sri Lanka, a França prometeu o seu apoio no processo de reestruturação da dívida", disse hoje, em comunicado, a assessoria de imprensa presidencial do Sri Lanka.
O presidente francês encontrou-se com o seu homólogo, Ranil Wickremesinghe, na noite de sexta-feira, na primeira, embora breve, visita oficial de um presidente francês à nação insular.
"Sri Lanka e França são duas nações do Oceano Índico que compartilham o mesmo objetivo: um Indo-Pacífico aberto, inclusivo e próspero. Confirmamos isso em Colombo: com a força de 75 anos de relações diplomáticas, podemos inaugurar uma nova era de nossa colaboração", disse Macron no Twitter após a visita.
Entre as áreas de cooperação entre os dois países incluem-se "aumentar os esforços para combater o tráfico humano, a segurança marítima e o setor de segurança", disse, por seu turno, a presidência do Sri Lanka.
A França, presente na região com seus territórios ultramarinos franceses, como a Nova Caledónia ou a Polinésia Francesa, procura posicionar-se como uma potência no Indo-Pacífico diante da crescente competição entre Washington e Pequim na região e das aspirações expansionistas chinesas.
O Sri Lanka encontra-se a viver a sua pior crise financeira desde a independência do Império Britânico, em 1948, e decidiu suspender o pagamento da sua dívida externa há um ano, depois de os habitantes terem sido atingidos por uma inflação crescente de dois dígitos e pela escassez crítica de combustível e alimentos, bem como outros produtos essenciais, como medicamentos.
O país obteve um resgate de 3 mil milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI) em março passado.
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