A inteligência militar britânica, que faz avaliações com imagens de satélite datadas de 19 de julho, estimou que exista um acampamento do Wagner na cidade de Tsel, na zona centro e a cerca de 75 quilómetros a sudeste de Minsk, capital do país.
Terão sido avistadas 300 tendas de aspeto militar.
O Ministério da Defesa indica que, "desde meados de julho de 2023, pelo menos vários milhares de forças do Wagner foram estabelecidas neste acampamento militar, onde centenas de veículos chegaram a uma instalação anteriormente vazia".
Os veículos parecem ser camiões e autocarros.
"Poucos deles parecem ser veículos de combate blindados", refere o Ministério da Defesa na informação divulgada.
Londres diz, assim, não saber o que pode ter acontecido ao equipamento pesado que o Grupo Wagner usou na guerra da Ucrânia, mas suspeita que o grupo de mercenários teve que devolvê-lo ao exército russo.
A incapacidade do grupo de usar equipamentos pesados ou transporte aéreo, sublinha, "será um fator chave para sua futura eficácia no combate".
O Grupo Wagner tem tido um papel muito relevante na ofensiva militar russa na Ucrânia.
A implantação do grupo na Bielorrússia, cuja fronteira sul toca a Ucrânia, provocou alarme em países vizinhos, como a Polónia, que elevou o nível de alerta das suas forças armadas.
No sábado, o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, alertou que mais de uma centena de combatentes do Grupo Wagner poderia estar a caminho do corredor de Suwalki, na fronteira entre a Lituânia, a Polónia, a Bielorrússia e o enclave russo de Kaliningrado.
Morawiecki alertou que os mercenários já estariam perto de Grodno, cidade localizada no oeste da Bielorrússia, com a intenção de se disfarçarem de migrantes para tentar cruzar a fronteira.
Leia Também: "Mais de 100 mercenários do Grupo Wagner" aproximam-se da Polónia