Com estas licenças, o executivo procura evitar a dependência externa da energia, uma vez que, mesmo que o país atinja zero emissões até 2050, um quarto das necessidades energéticas do Reino Unido virá do petróleo e do gás, segundo o comunicado oficial hoje divulgado.
Espera-se que a primeira da série de licenciamentos seja concedida no outono.
Paralelamente, Sunak anunciou o projeto de captura de carbono Acorn, em St. Fergus (nordeste da Escócia), o primeiro do género na Escócia, que permitirá o armazenamento de emissões poluentes em condutas sob o Mar do Norte. Haverá outro projeto semelhante em Humber, no nordeste da Inglaterra. Ambos deverão envolver até 50.000 empregos, de acordo com Downing Street.
Rishi Sunak tem-se oposto diretamente aos trabalhistas, que, tendo em vista as eleições de 2024, querem acabar com a exploração de petróleo e gás no Mar do Norte.
"Todos nós testemunhamos como (o Presidente russo, Vladimir) Putin manipulou e transformou a energia numa arma, interrompendo o fornecimento e paralisando o crescimento em países em todo o mundo", disse Sunak.
Agora, "mais do que nunca" -- acrescentou -, "é vital fortalecer a segurança energética e aproveitar essa independência para levar energia limpa e mais acessível aos lares e empresas britânicas".
"Mesmo quando chegarmos a (emissões) zero em 2050, um quarto das nossas necessidades de energia virá de petróleo e gás. Mas há quem prefira que venha de estados hostis do que dos suprimentos que temos", disse Sunak , que hoje visita a Escócia.
O ministro da Segurança Energética, Grant Shapps, afirmou, por seu lado, que, depois da invasão russa da Ucrânia, a segurança energética do Reino Unido "é mais importante do que nunca".
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