As autoridades fizeram uma descoberta chocante no domingo na cidade de Middleton, no estado norte-americano do Ohio, encontrando mais de cem cães em condições deploráveis em dois refúgios ilegais de uma associação, com pelo menos 30 dos animais mortos devido aos maus tratos.

Através do Facebook, a polícia do condado de Butler, no Ohio, disse que os canis eram geridos pela organização não governamental Helping Hands for Furry Paws. A dona, Rhonda Murphy, identificada como a operadora de ambos os refúgios, enfrenta acusações de "dezenas de crimes de negligência e crueldade contra animais de companhia" - embora se desconheça se a mulher foi formalmente detida e acusada.

Imagens dos canis foram divulgadas pelas autoridades, que dão conta das condições desumanas e deploráveis em que viviam os animais de companhia. Alertamos que a violência das imagens e as descrições que se seguem podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis.

Na primeira localização, alguns dos animais foram encontrados mortos dentro de congelados e arcas frigoríficas, embora alguns dos dispositivos não funcionassem, com a polícia a deparar-se por isso com cadáveres em vários estados de decomposição.

A maioria dos cães vivos encontrava-se em mau estado, com necessidade de ar fresco, comida e água. "Uma garagem continha mais de 25 cães em jaulas, sem ventilação ou ar condicionado, com temperaturas no interior de 31 graus", acrescentaram as autoridades.

As próprias jaulas não eram limpas ou condicionadas, e continuam dejetos. "Uma jaula tinha uma mãe e oito recém-nascidos", foi ainda referido.

No outro espaço alvo de buscas, descrita como a "casa principal", foram encontrados sinais de acumulação de bens e lixo, e foram encontrados onze cães. Os agentes que estiveram no local disseram que o odor no interior era "horrendo" e tiveram de fazer pausas para apanhar ar fresco.

A polícia não revelou o que motivou o início das buscas ou se houve algum mandado judicial. Os cães foram acolhidos por uma sociedade de apoio a animais de estimação na região que, segundo contou a NBC News, viu a sua população duplicar após o caso.

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