O aumento do peso corporal na China, onde a obesidade está a crescer a um ritmo mais rápido do que o excesso de peso, representa um fardo significativo, em termos de saúde e economia, informou hoje o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.
Uma projeção para 2030 estima que os custos relacionados a essas condições ascendam a 22% do total de gastos médicos no país.
As cirurgias metabólicas e para perda de peso estão também a aumentar rapidamente na China.
"O número de pacientes que se submeteram a perda de peso e cirurgia metabólica atingiu os 10 mil em três anos, entre 2018 a 2021, enquanto os segundos 10 mil levaram apenas um ano, entre 2021 a 2022", disse Zhang Zhongtao, vice-reitor do Hospital da Amizade de Pequim, durante o fórum.
Os especialistas enfatizaram a importância da prevenção e controlo da obesidade para a construção de uma "China saudável".
A distribuição geográfica da obesidade no país também foi apontada como desigual, com maior prevalência no norte do que no sul, influenciada por fatores como alimentação e clima.
O progresso no desenvolvimento de medicamentos para perda de peso foi destacado, mas houve um apelo para a realização de mais pesquisas clínicas e conversão das evidências existentes para a prática médica.
Em junho passado, uma mulher de 21 anos morreu num acampamento para perda de peso na China, provocando nas redes sociais do país indignação e debates sobre os ideais de beleza.
A jovem, conhecida como Cuihua, buscava emagrecer e compartilhou nas redes sociais o seu processo antes da trágica morte, que destacou os problemas do excesso de peso na sociedade chinesa.
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