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Aliados de Trump acusados de adulteração de máquinas de voto no Michigan

Um republicano ex-candidato a procurador-geral e outro apoiante do ex-presidente Donald Trump foram acusados criminalmente no Michigan, pelo acesso e adulteração de máquinas de voto nas presidenciais de 2020, de acordo com documentos judiciais.

Aliados de Trump acusados de adulteração de máquinas de voto no Michigan
Notícias ao Minuto

22:09 - 01/08/23 por Lusa

Mundo Trump

Matthew DePerno, um advogado republicano que foi endossado por Trump numa candidatura malsucedida para procurador-geral de Michigan no ano passado, foi acusado de posse indevida de uma urna eletrónica e conspiração, de acordo com os registos do tribunal do condado de Oakland, noticiou hoje a agência Associated Press (AP).

Já Daire Rendon, ex-congressista estadual republicano, foi acusado de conspiração para posse indevida de urna eletrónica e pretensões falsas.

Ambos foram hoje indiciados, de acordo com Richard Lynch, administrador do tribunal do 6.º Circuito do Condado de Oakland.

O crime de roubo de uma máquina sem ordem judicial ou permissão direta do gabinete do secretário de Estado é punível com até cinco anos de prisão.

Um procurador especial, D.J. Hilson, estava a rever a investigação e a ponderar as acusações desde setembro.

Hilson convocou um grande júri em março para determinar se as acusações criminais deviam ser emitidas, de acordo com documentos do tribunal.

Os acusados no Michigan são os últimos a enfrentar consequências legais por alegados crimes cometidos depois de defenderem as alegações, nunca comprovadas, de Trump, de que a eleição presidencial de 2020, conquistada pelo democrata Joe Biden, foi roubada.

As acusações surgem quando o ex-presidente é investigado por interferência nas eleições no Estado da Geórgia.

Trump revelou em meados de julho que é alvo de uma investigação federal sobre os esforços para anular os resultados da eleição presidencial de 2020.

DePerno foi apontado como o "principal instigador" do caso e apesar de não ter reagido à formalização da acusação, o republicado tinha negado anteriormente irregularidades e acusou a procuradora-geral do estado de "armar o seu gabinete".

Cinco máquinas de voto foram levadas de três condados do Michigan para um quarto de hotel, de acordo com documentos divulgados no ano passado pelo gabinete da procuradora-geral, Dana Nessel.

Os investigadores constataram que as máquinas foram arrombadas e foram feitos "testes" nos equipamentos, acrescentando que DePerno estava presente.

Nove indivíduos, incluindo DePerno e Rendon, foram indiciados pelo gabinete de Nessel como envolvidos no esquema.

Questionado sobre se continua a decorrer uma investigação mais ampla, D.J. Hilson referiu, através de um 'e-mail', que "ainda há mais por ser divulgado não relacionado com os indivíduos atualmente acusados".

Pelo facto de Nessel ter concorrido contra DePerno em 2022, a procuradora conseguiu que fosse nomeado procurador especial, para que não existisse conflito de interesses e para que este pudesse trabalhar de forma independente.

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