"O terrorismo não acabou", declarou Filipe Nyusi, num encontro com a comunidade moçambicana em Praga, capital da República Checa, no âmbito de uma visita de trabalho que realiza desde hoje ao país europeu.
Segundo Filipe Nyusi, os esforços das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, em coordenação com as tropas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Ruanda, está a garantir a estabilidade nas zonas afetadas pelas incursões rebeldes, com destaque para os distritos de Macomia e Palma.
"O terrorismo não tem cara, é uma guerra estranha. Eles agora estão a operar em pequenos grupos, mas estão a ser perseguidos", declarou o chefe de Estado moçambicano.
A província de Cabo Delgado enfrenta há quase seis anos uma insurgência armada, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência armada levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do SADC e do Ruanda, libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novos ataques isolados a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Na visita de dois dias à República Checa, Filipe Nyusi procura reforçar os laços de cooperação com o país europeu, no qual o chefe de Estado moçambicano se formou em Engenharia Mecânica.
"Vamos visitar todas as áreas, com destaque para energias, infraestruturas, pontos de comunicações e de área da saúde", declarou o chefe de Estado moçambicano.
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