UE ao lado de decisões da CEDEAO mas não pondera sanções para já
A Comissão Europeia insistiu hoje que está ao lado das decisões da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) contra o Níger por causa do golpe militar, mas não estão previstas sanções europeias para já.
© Getty Images/Dursun Aydemir
Mundo Níger
"Dissemos desde o primeiro momento que apoiamos as decisões e ações da CEDEAO e assim será", sustentou o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros Peter Stano, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
Na primeira reação ao golpe militar em Niamey, em 26 de julho, que depôs o Presidente Mohamed Bazoum, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou a ação dos militares nigerinos e advertiu que a adoção de sanções pela organização da África Ocidental poderia ser acompanhada por uma decisão semelhante pela União Europeia (UE).
Contudo, Peter Stano não referiu a hipótese de sancionar o Níger e também não está prevista uma reunião extraordinária dos 27 para discutir o assunto.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se no dia 31 de agosto em Toledo, numa reunião ordinária organizada pela presidência espanhola do Conselho da UE.
O líder do autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), o general Abdourahamane Tiani, assinou um decreto com a composição dos membros do novo Governo divulgado esta madrugada pela agência pública de notícias ANP.
O novo Governo é chefiado pelo economista e antigo ministro Mahamane Lamine Zeine, nomeado na segunda-feira, que terá também as pastas da Economia e das Finanças.
A nomeação do Governo provisório ocorre poucas horas antes de uma reunião importante dos líderes da CEDEAO, em Abuja, Nigéria, para analisar a situação no Níger, depois de ter expirado, no passado domingo, o ultimato dado pelo bloco regional aos líderes golpistas para restabelecerem a ordem constitucional, sob a ameaça de uma possível ação militar.
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