Soldados russos mortos estão a ser "cremados quase continuamente"

Segundo a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, há "centenas de mortos todos os dias".

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© Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto
10/08/2023 16:23 ‧ 10/08/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Os soldados russos mortos em combate na Ucrânia estão a ser "cremados quase continuamente" nos arredores de Melitopol, na região de Zaporíjia, denunciou a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar. 

Segundo a responsável, há "centenas de mortos todos os dias" do lado do inimigo e as forças russas "tentam esconder as perdas reais", realizando "enterros nos territórios temporariamente ocupados, sem transportar os restos mortais para a Rússia".

"Por exemplo, perto de Melitopol, na região de Zaporíjia, os corpos dos militares russos estão a ser cremados quase continuamente numa área aberta", denunciou na plataforma Telegram, acrescentando que os os "moradores locais sentem há muito tempo o cheiro acre característico".

Ainda de acordo com Maliar, as tropas russas estão também a levar os corpos dos soldados que morreram na região de Kherson para a morgue de um hospital, para serem posteriormente enterrados em dois locais, um dos quais com uma área de cerca de 100 hectares. 

Sublinhe-se que o número de soldados russos mortos na Ucrânia não é conhecido. Em fevereiro, o Ministério da Defesa britânico estimou que entre 40 mil e 60 mil soldados russos tinham sido mortos nos primeiros 12 meses da guerra. 

Já no mês passado, uma investigação do Meduza e do Mediazone - dois meios de comunicação social russos independentes - avançou que terão morrido cerca de 47 mil soldados.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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