O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak acusou, esta quinta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, se ter transformado a Federação Russa num "patrono de grupos terroristas e criminosos de guerra" e reiterou o pedido para expulsar o país do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"A Rússia de Putin não só se tornou um patrono de grupos terroristas e criminosos de guerra em todo o mundo, como também continua a intoxicar as organizações internacionais", começou por referir o conselheiro de Volodymyr Zelensky, na rede social X (antigo Twitter).
Na nota, Podolyak afirmou ser "evidente" que o "Kremlin transformou o seu veto no Conselho de Segurança da ONU num instrumento de negociação com países com regimes específicos e uma propensão patológica para crimes de guerra".
"Qualquer pessoa que queira cometer um atentado terrorista, comprar tecnologia de mísseis para contornar as sanções ou vender matérias-primas a zonas de conflito sabe que pode encontrar apoio na Rússia e que qualquer reação da ONU será instantaneamente bloqueada", acusou.
Neste sentido, o responsável considerou que os "organismos de segurança mundiais têm de ser limpos" e que "o primeiro passo já devia ter sido dado há muito tempo". "É altura de privar finalmente a Rússia do seu poder de veto e de a expulsar do Conselho de Segurança da ONU", apelou.
#Putin's #Russia has not only become a patron of terrorist groups and war criminals around the world, but also continues to intoxicate international organizations. It is already clear: The #Kremlin has turned its veto in the #UN Security Council into a tool for bargaining with…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) August 10, 2023
Sublinhe-se que a Rússia é um dos cincos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e tem poder de veto. Estados Unidos da América, China, França e Reino Unido são os outros países que têm assento permanente neste órgão.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 16 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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