Níger. UE preocupada com condições de detenção de presidente deposto
A União Europeia (UE) está profundamente inquieta com a deterioração das condições de detenção do presidente do Níger, Mohamed Bazoum, deposto na sequência de um golpe de Estado no dia 26 de julho, e apelou à sua liberação imediata.
© Simon Wohlfahrt/Bloomberg via Getty Images
Mundo UE
"A UE declara a sua profunda inquietação com a deterioração das condições de detenção do Presidente Mohamed Bazoum e da sua família, que, de acordo com as últimas informações, estão privados de alimentação, eletricidade e cuidados de saúde há vários dias", escreveu o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na rede social Twitter.
Borrell apelou, "mais uma vez, à sua libertação imediata e incondicional".
"O Presidente Bazoum dedicou a sua vida a trabalhar para melhorar a vida dos nigerinos, não há justificação para este tratamento", completou.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciaram na quinta-feira o destacamento de uma força de reserva da organização para restabelecer a ordem constitucional no Níger, sem especificar imediatamente como e quando é que essa força vai ser utilizada.
A decisão fez parte das conclusões de uma cimeira extraordinária dos países que compõem esta organização político-económica sobre o golpe de Estado no Níger.
L’UE réitère sa profonde inquiétude face à la détérioration des conditions de détention du Président @mohamedbazoum et sa famille qui, selon les dernières informations, seraient privés de nourriture, d’électricité et de soins depuis plusieurs jours. (1/2)
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) August 11, 2023
Sem revelar o número de militares deste contingente, os países de origem e outros pormenores, a CEDEAO disse esperar que ainda seja possível chegar a uma resolução pacífica.
O Níger está sob um regime militar que emergiu depois de um golpe de Estado e apresentou os membros do Governo saído desta ação militar pouco antes do início da cimeira.
O executivo é liderado por Ali Mahaman Lamine Zeine e é composto por 20 ministros e o anúncio foi utilizado para demonstrar a transição do poder naquele país africano, mas pode ser encarado como um sinal de desafio à CEDEAO.
Na cimeira extraordinária estiveram representados todos os chefes de Estados daquele bloco, com exceção da Gâmbia, Libéria e Cabo Verde, que enviaram representantes.
No total, desde 2020, a África Ocidental foi palco de nove tentativas de golpes de Estado.
[Notícia atualizada às 10h28]
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