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Níger. UE preocupada com condições de detenção de presidente deposto

A União Europeia (UE) está profundamente inquieta com a deterioração das condições de detenção do presidente do Níger, Mohamed Bazoum, deposto na sequência de um golpe de Estado no dia 26 de julho, e apelou à sua liberação imediata.

Níger. UE preocupada com condições de detenção de presidente deposto
Notícias ao Minuto

09:51 - 11/08/23 por Lusa

Mundo UE

"A UE declara a sua profunda inquietação com a deterioração das condições de detenção do Presidente Mohamed Bazoum e da sua família, que, de acordo com as últimas informações, estão privados de alimentação, eletricidade e cuidados de saúde há vários dias", escreveu o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na rede social Twitter.

Borrell apelou, "mais uma vez, à sua libertação imediata e incondicional".

"O Presidente Bazoum dedicou a sua vida a trabalhar para melhorar a vida dos nigerinos, não há justificação para este tratamento", completou.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciaram na quinta-feira o destacamento de uma força de reserva da organização para restabelecer a ordem constitucional no Níger, sem especificar imediatamente como e quando é que essa força vai ser utilizada.

A decisão fez parte das conclusões de uma cimeira extraordinária dos países que compõem esta organização político-económica sobre o golpe de Estado no Níger.

Sem revelar o número de militares deste contingente, os países de origem e outros pormenores, a CEDEAO disse esperar que ainda seja possível chegar a uma resolução pacífica.

O Níger está sob um regime militar que emergiu depois de um golpe de Estado e apresentou os membros do Governo saído desta ação militar pouco antes do início da cimeira.

O executivo é liderado por Ali Mahaman Lamine Zeine e é composto por 20 ministros e o anúncio foi utilizado para demonstrar a transição do poder naquele país africano, mas pode ser encarado como um sinal de desafio à CEDEAO.

Na cimeira extraordinária estiveram representados todos os chefes de Estados daquele bloco, com exceção da Gâmbia, Libéria e Cabo Verde, que enviaram representantes.

No total, desde 2020, a África Ocidental foi palco de nove tentativas de golpes de Estado.

[Notícia atualizada às 10h28]

Leia Também: Níger. França manifesta "apoio total" às conclusões da cimeira da CEDEAO

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