Pelo menos 6 pessoas morreram e 26 ficaram feridas em confrontos na Líbia

Pelo menos seis pessoas morreram e 26 ficaram feridas nos confrontos armados entre duas importantes milícias líbias que continuam desde segunda-feira à noite em vários bairros de Trípoli, na pior escalada militar deste ano, confirmou um hospital da capital.

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Lusa
15/08/2023 22:21 ‧ 15/08/2023 por Lusa

Mundo

Líbia

O Ministério da Saúde pediu uma trégua de duas horas para evacuar as pessoas retidas nas zonas de combate.

Os confrontos começaram quando o chefe da Brigada 444, Mahmoud Hamza, foi detido pelas Forças Especiais de Dissuasão (Rada).

O Presidente do Conselho Presidencial, Mohamed Manfi, na qualidade de Comandante Supremo do Exército, exortou "todas as partes beligerantes a cessarem imediatamente as hostilidades".

Ao pedido juntaram-se a missão especial da ONU na Líbia (UNSMIL), a União Europeia e as embaixadas de França, Estados Unidos e Grã-Bretanha.

O Serviço de Ambulância e Emergência anunciou que o pessoal médico, pacientes e familiares conseguiram ser evacuados das clínicas localizadas nas zonas de combate, na estrada para Shouk.

A Brigada 444 declarou ter assumido o controle total da área de Ain Zara, nos arredores de Trípoli, e impediu a entrada de membros da Rada.

A companhia aérea Líbia Wings cancelou dois voos, um para a Tunísia e outro para Istambul, a partir do aeroporto de Mitiga, que desde esta manhã transfere as suas operações para o aeródromo de Misrata.

As duas milícias, com amplo controle na capital líbia, apoiam o primeiro-ministro do Governo de Unidade Nacional (GUN), Abdelhamid Dbeiba, contra o Executivo paralelo que administra o leste do país, e a Rada está ligada ao Conselho Presidencial.

A atual escalada militar é a pior vivida neste ano, após uma relativa calmaria, em que os atores políticos avançaram um "roteiro" para convocar eleições gerais e pôr fim ao longo e instável processo de transição iniciado após a queda do Presidente Muammar Gaddafi em 2011.

Leia Também: Missão da ONU na Líbia pede fim da violência após confrontos em Tripoli

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