O Centro de Apoio e Medicina de Emergência da Líbia, um grupo de médicos que é destacado para desastres humanitários e conflitos, disse que mais de 100 pessoas ficaram também feridas nos combates, sem revelar quantas vítimas eram civis.
Os confrontos, a pior escalada militar deste ano, começaram na segunda-feira à noite, após o chefe de uma das milícias, a Brigada 444, Mahmoud Hamza, ter sido detido por uma outra milícia, as Forças Especiais de Dissuasão (Rada).
A Brigada 444 declarou ter assumido o controlo total da área de Ain Zara, nos arredores de Trípoli, e impediu a entrada de membros da Rada.
Na terça-feira, o Ministério da Saúde da Líbia tinha pedido uma trégua de duas horas para retirar as pessoas retidas nas zonas de combate e para permitir que os hospitais recebessem doações de sangue.
O OPSGroup, uma organização da indústria da aviação, disse na segunda-feira que um grande número de aviões partiu de Trípoli devido aos confrontos. Os voos com destino à capital da Líbia estão a ser desviados para a cidade vizinha de Misrata.
As duas milícias, que controlam Trípoli, apoiam o primeiro-ministro do Governo de Unidade Nacional, Abdelhamid Dbeiba, contra um executivo paralelo sediado em Benghazi que administra o leste do país, e a Rada está ligada ao Conselho Presidencial.
O Presidente do Conselho Presidencial, Mohamed Manfi, na qualidade de Comandante Supremo do Exército, exortou "todas as partes beligerantes a cessarem imediatamente as hostilidades".
Ao pedido juntaram-se a missão especial da ONU na Líbia, a União Europeia e as embaixadas de França, Estados Unidos e Grã-Bretanha.
A atual escalada militar é a pior vivida neste ano, após uma relativa calma, após ter sido avançado um "roteiro" para convocar eleições gerais e pôr fim ao longo e instável processo de transição iniciado após a queda do ditador Muammar Khadafi em 2011.
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