Polícia do Uganda prende mais quatro pessoas acusadas de homossexualidade

Quatro pessoas foram detidas no Uganda por praticarem "atos homossexuais", anunciou hoje a polícia do país, que promulgou no final de maio uma lei anti-homossexualidade considerada uma das mais repressivas do mundo.

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Lusa
21/08/2023 17:03 ‧ 21/08/2023 por Lusa

Mundo

Uganda

As autoridades prenderam as quatro pessoas, incluindo duas mulheres, numa casa de massagens no distrito de Buikwe, no leste do país, no sábado, disse uma porta-voz da polícia à agência France-Pressee.

"A operação policial foi realizada após uma denúncia de uma mulher indicando que atos homossexuais estavam a ocorrer na casa de massagem", disse Hellen Butoto.

No final de maio, o Uganda aprovou um lei anti-homossexualidade que prevê penas severas para pessoas que se envolvem em relações com outras do mesmo sexo e "promovem" a homossexualidade, este um crime de "homossexualidade agravada" punível com pena de morte, uma sentença que não é aplicada há anos no Uganda.

A lei provocou indignação das Nações Unidas, de grupos de direitos humanos e de muitos países ocidentais.

No início de agosto, o Banco Mundial anunciou que deixaria de financiar novos projetos em Uganda após a promulgação da lei, dizendo que "vai fundamentalmente contra os valores do Banco Mundial".

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, classificou a lei como uma "trágica violação" dos direitos humanos e ameaçou suspender a ajuda e o investimento no Uganda, enquanto o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, a declarou "contrária aos direitos humanos".

Leia Também: OMS acusa Uganda de discriminar comunidade LGTBIQ no acesso à saúde

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