Polícia do Uganda prende mais quatro pessoas acusadas de homossexualidade
Quatro pessoas foram detidas no Uganda por praticarem "atos homossexuais", anunciou hoje a polícia do país, que promulgou no final de maio uma lei anti-homossexualidade considerada uma das mais repressivas do mundo.
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Mundo Uganda
As autoridades prenderam as quatro pessoas, incluindo duas mulheres, numa casa de massagens no distrito de Buikwe, no leste do país, no sábado, disse uma porta-voz da polícia à agência France-Pressee.
"A operação policial foi realizada após uma denúncia de uma mulher indicando que atos homossexuais estavam a ocorrer na casa de massagem", disse Hellen Butoto.
No final de maio, o Uganda aprovou um lei anti-homossexualidade que prevê penas severas para pessoas que se envolvem em relações com outras do mesmo sexo e "promovem" a homossexualidade, este um crime de "homossexualidade agravada" punível com pena de morte, uma sentença que não é aplicada há anos no Uganda.
A lei provocou indignação das Nações Unidas, de grupos de direitos humanos e de muitos países ocidentais.
No início de agosto, o Banco Mundial anunciou que deixaria de financiar novos projetos em Uganda após a promulgação da lei, dizendo que "vai fundamentalmente contra os valores do Banco Mundial".
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, classificou a lei como uma "trágica violação" dos direitos humanos e ameaçou suspender a ajuda e o investimento no Uganda, enquanto o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, a declarou "contrária aos direitos humanos".
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