O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, gravou um vídeo a partir de África, revelando que está a executar "as tarefas que prometeu realizar", apelando ainda a voluntários para se juntarem aos mercenários para "defender a liberdade de África".
"Estamos a trabalhar. O Grupo Wagner está a realizar operações de reconhecimento e busca, tornando a Rússia ainda maior em todos os continentes e tornando a África ainda mais livre", começou por dizer Prigozhin, num vídeo partilhado na rede social X (antigo Twitter), pelo canal bielorrusso Nexta TV.
Segundo o líder do Grupo Wagner, o objetivo é trazer "justiça e felicidade para os povos africanos". "Estamos a atormentar o 'ISIS', 'Al-Qaeda' e outros bandidos", referiu ainda.
Prigozhin anunciou ainda que os mercenários estão a "recrutar verdadeiros guerreiros e continuam a cumprir as tarefas que foram definidas e que prometeram realizar lá".
No entanto, assegurou que "quando a pátria o pedir", os elementos do grupo, que era recentemente a principal força de ataque da Rússia na Ucrânia, voltarão a criar uma "unidade nacional" para defender os interesses do país.
Além disso, acrescentou que o grupo prossegue as suas atividades em África e na Bielorrússia, país para onde se mudou após a rebelião armada falhada contra o Kremlin, em junho.
Recorde-se que o fundador do Grupo Wagner, surgiu num vídeo, no mês passado, a dar as boas-vindas aos seus combatentes Wagner na Bielorrússia e dizendo-lhes que não vão participar mais na guerra na Ucrânia.
No entanto, este é o primeiro vídeo em que Prigozhin surge em declarações públicas após a rebelião na Rússia, que acabou por suspender menos de 24 horas depois, após ter feito um acordo mediado por Lukashenko, o presidente da Bielorrússia.
Prigozhin acusara antes o exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, provocando "um número muito grande de vítimas". As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
Prigozhin published the first video since the failure of the rebellion
— NEXTA (@nexta_tv) August 21, 2023
The head of PMC "Wagner" recorded a video from Africa and said that he "performs there the tasks that we promised to solve". The terrorist also called for volunteers to join the PMC to "defend the freedom of… pic.twitter.com/9ibXb5c30S
[Notícia atualizada às 22h19]
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