O Governo croata especificará o conteúdo deste pacote numa sessão na próxima quinta-feira, indicou Plenkovic, segundo o portal digital da televisão pública croata HRT.
O primeiro-ministro croata também debateu com Zelensky as modalidades de utilização dos portos croatas para a exportação de cereais ucranianos.
"Trabalharemos nisso a nível dos ministros das Infraestruturas e dos Transportes", disse Plenkovic, referindo que o porto adriático de Rijeka será o principal a utilizar para esse fim.
"Tudo deve ser acordado com os países que participarão no percurso até à Croácia", explicou.
Recordou igualmente que "até agora, foram exportados a partir dos portos croatas vários milhares de toneladas de cereais [ucranianos], a maioria para Itália, e uma parte para o norte de África", mas o tema voltou à atualidade devido à situação no mar Negro.
Os navios militares russos ameaçam bombardear os portos ucranianos do mar Negro desde que Moscovo abandonou, em meados de julho, o acordo internacional dos cereais, que permitia a saída segura de alimentos.
O objetivo é que a Croácia seja o local de "trânsito" dos carregamentos de cereais para países terceiros, indicou.
Plenkovic anunciou também que a Croácia participará em outubro, juntamente com outros Estados-membros da União Europeia (UE) e organizações internacionais, numa conferência sobre desminagem dedicada à Ucrânia, a braços há quase 18 meses com uma agressão da Rússia.
Segundo o chefe do executivo croata, o seu país "tem, lamentavelmente, grande experiência nisso", devido à guerra de independência da Croácia, entre 1991 e 1995, em resultado da desintegração da antiga Jugoslávia.
A reunião de Plenkovic e Zelensky decorreu em Atenas, onde o Governo grego organizou um encontro informal de líderes do sudeste da Europa e para o qual foi também convidado o Presidente da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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