"A investigação do Shin Bet revelou que o Hezbollah agiu para recrutar e coordenar uma infraestrutura de contrabandistas em Israel para distribuir armas ilegais", também destinadas a grupos criminosos, revelou hoje esta agência de inteligência.
Os quatro detidos, acusados de vários crimes relacionados com a posse e tráfico de armas, foram detidos no mês passado por alegadamente contrabandearem "um grande número de armas", entre as quais foram também confiscados dois explosivos que seriam fabricados no Irão, o principal inimigo do Estado judeu.
Um dos detidos foi capturado numa operação à margem na cidade de Lod (centro de Israel), por suspeita de planear um ataque com explosivos.
Segundo o Shin Bet, esta alegada rede "demonstra mais uma vez os esforços de elementos terroristas do Hezbollah e do Irão para explorar os cidadãos árabes de Israel" e levá-los a realizar ações contra o país.
Ilustra também as suas possíveis ligações a grupos e atividades de natureza criminosa, o que constitui uma linha "extremamente ténue", alertou ainda.
O Irão tem sido o principal rival de Israel no Médio Oriente há décadas, e o Estado judeu é responsabilizado por ações secretas contra Teerão de todos os tipos.
Entre estas operações, são relatados assassinatos de altos funcionários militares ou da área científica relacionados com o programa nuclear, até bombardeamentos contra posições iranianas ou os seus grupos satélites na Síria, ataques que ocorrem com frequência.
Por sua vez, Israel continua a enfrentar o Hezbollah, uma milícia aliada ao Irão, que considera a a sua principal ameaça na sua fronteira norte com o Líbano, país com o qual não tem laços diplomáticos oficiais e com o qual está tecnicamente em guerra.
Em 2006, Israel e o Hezbollah travaram uma guerra durante cerca de um mês.
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