Iraque. Sete membros do PKK mortos em ataques atribuídos à Turquia
Sete membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) morreram hoje no norte do Iraque em dois ataques de 'drones' atribuídos a Ancara, que ocorreram enquanto o chefe da diplomacia turca visitava esta região.
© Reuters
Mundo PKK
A região autónoma do Curdistão iraquiano, que faz fronteira com a Turquia, tem sido palco desde o início de agosto de uma intensificação dos ataques de 'drones' contra o PKK, que tem bases de retaguarda nesta região e está em luta armada contra o Exército turco desde 1984.
Os dois ataques de hoje, o primeiro de manhã e o segundo ao final da tarde, tiveram como alvo combatentes do PKK, organização classificada como terrorista por Ancara e vários países ocidentais.
"Um 'drone' do exército turco teve como alvo um veículo do PKK, matando um oficial e dois combatentes", no distrito de Sidakan, não muito longe da fronteira iraniana, segundo os serviços antiterroristas do Curdistão iraquiano.
Pouco depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, reuniu-se em Erbil, capital do Curdistão iraquiano, com Nechirvan Barzani, presidente da região autónoma, e com o primeiro-ministro do governo regional, Masrour Barzani.
"Conseguimos resolver esta questão [da luta contra o PKK] de uma vez por todas na Turquia. Hoje o PKK está escondido em território iraquiano. Estamos a trabalhar com Bagdad e Erbil para preservar o Iraque do PKK", frisou Fidan durante uma conferência de imprensa conjunta com Masrour Barzani, em que não fez referência aos ataques.
Poucas horas depois, um segundo ataque de 'drones' do Exército turco no distrito de Sidakan matou "dois responsáveis do PKK e dois socorristas do partido", acrescentaram os serviços antiterroristas.
O ministro turco manteve mais tarde uma segunda reunião com Nechirvan Barzani, segundo a televisão curda local Rudaw.
Na terça-feira, primeiro dia da sua visita ao Iraque, o chefe da diplomacia turca instou o governo iraquiano em Bagdade a "reconhecer o PKK como uma organização terrorista".
Os militares turcos raramente comentam os seus ataques no Iraque, mas têm bases militares no Curdistão iraquiano e conduzem regularmente operações terrestres e aéreas contra combatentes curdos turcos.
Bagdad e Erbil, capital do Curdistão iraquiano, são acusados de ignorar os bombardeamentos turcos, para preservar a aliança estratégica que os unia à Turquia, um parceiro comercial essencial, apesar dos frequentes comunicados a condenar a violação da soberania iraquiana e as repercussões para os civis.
No verão de 2022, ataques de artilharia atribuídos a Ancara contra uma área de lazer mataram nove pessoas, principalmente turistas do sul do Iraque, mas a Turquia negou qualquer responsabilidade e culpou o PKK.
Está planeada uma visita do Presidente turco Recep Tayyip Erdogan ao Iraque para as próximas semanas, embora a data exata ainda não tenha sido anunciada.
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