O programa 'Y ahora Sonsoles' da estação espanhola Antena 3 teve acesso às imagens de Daniel Sancho a explicar à polícia tailandesa como terá assassinado Edwin Arrieta.
No vídeo de reconstituição, que o La Vanguardia descreve, acompanhado de agentes da polícia tailandesa e de uma tradutora, o espanhol faz a reconstituição dos movimentos.
Sem algemas, o homem explica que estava a conversar dentro do quarto com a vítima quando começou a alegada discussão.
Sancho terá dado um murro ao colombiano, que caiu no chão. Depois, relata, aproximou-se de Arrieta, que o mordeu. Exemplificando o golpe que lhe deu, depois diz: “em pouco tempo, tudo estava cheio de sangue”.
Ainda segundo o espanhol, este terá estado cerca de duas horas sem fazer nada. Mais tarde arrastou o corpo para a casa de banho e ligou o chuveiro.
“Abri o chuveiro para que a água levasse o sangue, porque havia muito sangue a sair. Liguei a água quente para que o sangue não coagulasse e ficasse agarrado”, cita o La Vanguardia.
Depois, foi buscar sacos, uma serra e um machete. Quando lhe foi pedido que exemplificasse, com uma faca, como tinha desmembrado o corpo. "É mesmo necessário?”, questionou. No final, terá colocado os pedaços nos sacos.
Recorde-se que Daniel Sancho entrou na Tailândia como turista a 31 de julho e o crime ocorreu dias depois. De acordo com o Bangkok Post, o espanhol confessou que se encontrou com a vítima pelas 14h00 do dia 2 de agosto e andaram juntos de mota.
Quando voltaram ao hotel, tiveram uma discussão, após o colombiano lhe ter pedido para ter relações sexuais. Sancho terá dado um murro no rosto do amigo, o que o deixou inconsciente.
O homem, em pânico, levou-o depois para a casa de banho, tentando fazê-lo recuperar a consciência - sem sucesso. Depois de esperar uma hora e sem resposta de Edwin Arrieta, o chef decidiu começar a desmembrar o médico e, segundo ele, demorou "três horas".
Por volta das 21 horas desse mesmo dia, começou a colocar os restos mortais do cirurgião em sacos plásticos pretos e alugou um caiaque que o ajudou a lançar grande parte deles ao mar. O resto do corpo foi levado para o aterro da ilha, onde horas depois um trabalhador faria a descoberta.
As autoridades tailandesas anunciaram que Daniel Sancho, de 29 anos, vai ser julgado por homicídio premeditado e, caso seja condenado, poderá enfrentar prisão perpétua ou mesmo pena de morte. A investigação, segundo estima a polícia tailandesa, poderá durar entre quatro a seis meses.
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