Coreia do Sul pede travão ao programa nuclear da Coreia do Norte

O Presidente sul-coreano insistiu hoje em Jacarta no alerta para a ameaça do programa nuclear da Coreia do Norte para o mundo e na responsabilidade dos membros permanentes do Conselho de Segurança em travar Pyongyang.

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Lusa
07/09/2023 10:34 ‧ 07/09/2023 por Lusa

Mundo

Pyongyang

"Trata-se de uma ameaça existencial que pode ser atingida", disse Yoon Suk-yeol sobre o desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, ao intervir na cimeira da Ásia Oriental, em Jacarta.

A ameaça da Coreia do Norte "visa todos os países presentes na reunião de hoje", afirmou, citado pela agência sul-coreana Yonhap.

Participam na reunião nove países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), China, Rússia, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Índia e Nova Zelândia.

A China está representada na reunião pelo primeiro-ministro, Li Chang, e a Rússia pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, dada a ausência dos respetivos presidentes, Xi Jinping e Vladimir Putin.

"Temos de mostrar claramente que a determinação da comunidade internacional em travar o desenvolvimento nuclear da Coreia do Norte é muito mais forte do que a sua vontade", disse o líder sul-coreano.

Yoon referiu, nesse sentido, que a responsabilidade dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que aprovaram as resoluções contra Pyongyang "é ainda maior".

"É pesada", reforçou, no que foi entendido como uma alusão à Rússia e à China, dois países próximos da Coreia do Norte.

Yoon já tinha criticado na quarta-feira a possibilidade de uma reunião entre Putin e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que os Estados Unidos disseram que poderá realizar-se na Rússia no final do mês.

Segundo Washington, a Rússia e a Coreia do Norte têm estado a negociar um acordo sobre troca de armamento.

Moscovo pretende obter projéteis de artilharia e mísseis antitanque, enquanto Pyongyang necessita de tecnologia de ponta para satélites e submarinos nucleares, bem como de ajuda alimentar.

O Kremlin (Presidência russa) recusou-se na terça-feira a confirmar um eventual encontro entre Kim e Putin.

A China anunciou hoje o envio de uma delegação liderada pelo vice-primeiro-ministro, Liu Guozhong, a Pyongyang para participar, no sábado, nas comemorações do 75.º aniversário da fundação da Coreia do Norte.

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, reuniu-se com Kim em Pyongyang, onde esteve no final de julho para assistir às cerimónias do 70.º aniversário do armistício da Guerra da Coreia (1950-1953).

Shoigu anunciou na segunda-feira que a Rússia e a Coreia do Norte estão a discutir a possibilidade de organizar exercícios militares conjuntos.

Desde que iniciou a guerra contra a Ucrânia, em 24 em fevereiro de 2022, a Rússia é alvo de sanções ocidentais que tem tentado contornar através de países seus aliados.

Leia Também: Coreia do Sul contra tentativa de acordo militar com Coreia do Norte

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