Um bebé de cinco meses morreu afogado durante uma operação de resgate, na ilha italiana de Lampedusa, após um barco que transportava migrantes do norte de África ter virado.
Segundo a agência de notícias italiana ANSA, o incidente aconteceu pouco tempo após a embarcação ter sido intercetada pela guarda costeira.
O barco havia saído da cidade de Sfax, na Tunísia, o ponto de partida de muitos migrantes que decidem enfrentar a perigosa travessia do Mar Mediterrâneo, com um total de 46 passageiros.
Os restantes passageiros foram resgatados com sucesso, incluindo a mãe do bebé, uma adolescente oriunda da Guiné.
A ilha de Lampedusa registou, na terça-feira, um total de 5.112 chegadas de migrantes, um novo recorde. De acordo com os órgãos de comunicação social italianos, no porto de Lampedusa regista-se um autêntico engarrafamento de embarcações e o pessoal de salvamento e a Cruz Vermelha não consegue gerir o fluxo.
O presidente da câmara de Lampedusa, Filippo Mannino, já exortou o governo da extrema-direita liderado por Giorgia Meloni a tomar "medidas de emergência", como a intervenção do exército.
Esta quarta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, apelou à "solidariedade europeia" e pediu mecanismos eficazes para enfrentar os fluxos migratórios procedentes do norte de África em direção à Europa.
Desde o início do ano, um total de 116.028 migrantes desembarcaram em Itália, mais do dobro do que no mesmo período do ano passado (63.498), segundo os últimos dados oficiais publicados pelo Ministério do Interior.
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